O Ministério das Finanças do Canadá anunciou que, a partir de hoje, começará a aplicar uma tarifa adicional de 25% sobre produtos dos Estados Unidos, totalizando 29,8 bilhões de dólares canadenses. A medida é uma resposta às tarifas impostas pelo governo dos EUA sobre aço e alumínio, que afetam principalmente a indústria canadense. A ministra de Assuntos Internacionais do Canadá, Mélanie Joly, afirmou que a imposição das tarifas pelos EUA tem como motivação a tentativa de anexar o Canadá como parte do território norte-americano, e destacou que a soberania do país não será comprometida.
O Canadá também enfatizou que continuará a buscar soluções para a guerra comercial, com o ministro das Finanças, Dominic LeBlanc, programado para se reunir com autoridades dos EUA e da província de Ontário para discutir o assunto. As medidas retaliatórias canadenses afetarão uma variedade de produtos, incluindo itens de consumo como computadores e artigos esportivos, com a equivalência das tarifas aplicadas pelos EUA. Além disso, o governo canadense indicou que protegerá seu setor automotivo, que também está sendo impactado pelas novas tarifas impostas pelos EUA.
Simultaneamente, a União Europeia anunciou que a partir de abril, aplicará suas próprias tarifas sobre produtos norte-americanos, em resposta às ações dos EUA. A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, afirmou que as contramedidas europeias afetarão produtos como aço, alumínio, têxteis, couro e alimentos, como carne bovina e aves. Apesar das tarifas, a União Europeia manifestou disposição para continuar as negociações com os Estados Unidos, destacando que um clima de incerteza econômica e geopolítica não é benéfico para as economias globais.
