O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, está sendo pressionado por lideranças políticas a criar uma comissão especial para discutir um projeto de anistia para os condenados pelos ataques de 8 de janeiro. A medida surgiu como alternativa a um pedido de urgência que será apresentado pelo líder do Partido Liberal, Sóstenes Cavalcante, durante uma reunião de líderes marcada para esta quinta-feira (20). Sóstenes afirmou que o projeto será submetido à pauta da Câmara na semana seguinte, com o apoio de diversos deputados de diferentes partidos.
Embora o pedido de urgência seja uma estratégia para acelerar a tramitação do projeto, Motta, que tem resistido à inclusão de projetos com urgência, pretende discutir o tema com os líderes antes de tomar uma decisão. A criação da comissão especial, que foi um compromisso firmado durante a transição da presidência da Câmara, depende da indicação dos nomes pelos líderes partidários. Essa decisão, contudo, ainda está sendo negociada.
O projeto enfrenta resistência na Câmara, apesar de já contar com um número significativo de apoio, incluindo mais de 250 votos de diferentes partidos. O Partido Liberal, liderado por Bolsonaro, também busca apoio do Republicanos, partido de Motta, para avançar com a proposta. A criação da comissão, junto com o pedido de urgência, marca os primeiros passos para a discussão de um tema polêmico que ainda gera divisões dentro do Congresso.