Sete anos após o assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes, a Câmara dos Deputados realizou uma sessão em homenagem à vereadora do Rio de Janeiro, destacando sua luta contra a violência política e o crime organizado, especialmente as milícias. Durante o evento, familiares, aliados políticos e representantes de movimentos sociais reforçaram o legado de Marielle, simbolizado por sua defesa dos direitos das populações negra, LGBTQI+ e periféricas. Mônica Benício, viúva de Marielle, ressaltou que sua luta segue viva, enquanto Anielle Franco, irmã de Marielle, afirmou que a memória da vereadora inspira a continuidade do movimento por justiça e igualdade.
O evento também destacou a importância de um dia nacional em homenagem a Marielle Franco, com a proposta (PL 6366/19) buscando instituir o 14 de março como o Dia Nacional das Defensoras e Defensores de Direitos Humanos. Deputados como Talíria Petrone, do Psol, enfatizaram a necessidade de combater a violência política no Brasil, mencionando que mais de 1.100 casos de ataques a defensores de direitos humanos ocorreram entre 2019 e 2022. A proposta de criar uma data para celebrar o legado de Marielle visa também fortalecer a proteção aos defensores de direitos humanos.
A mobilização em torno do caso Marielle também envolve a pressão por justiça e punição para os responsáveis pelo assassinato. Aghata Reis, viúva de Anderson Gomes, lembrou da importância da pressão popular para o avanço da investigação, enquanto deputados como Tarcísio Motta defenderam a cassação do mandato de um dos acusados, destacando a necessidade de uma condenação dos mandantes do crime. O caso continua sendo um símbolo da luta contra a impunidade e a violência política no Brasil.