A Páscoa de 2025 pode ser mais cara para os consumidores, pois o preço do chocolate subiu devido ao aumento no valor do cacau, matéria-prima essencial para sua produção. A alta foi impulsionada por problemas climáticos nas lavouras de cacau do continente africano, que é responsável por 70% da produção mundial. Embora o Brasil contribua com apenas 4% da produção global, o país enfrenta dificuldades para atender à demanda interna, que é de 300 mil toneladas, enquanto a colheita nacional é de 220 mil toneladas.
No Distrito Federal, a produção de cacau tem ganhado destaque, especialmente com a aposta no cultivo do fruto no Cerrado. Produtores locais, como a ruralista Marlene Nascimento, vêm trabalhando para adaptar o cacau ao clima da região, que, apesar de ser tipicamente mais seco, tem mostrado boas condições para o cultivo. Contudo, os efeitos das mudanças climáticas, como o fenômeno El Niño, ainda impactam a produção e elevam os custos, refletindo diretamente no preço final do produto.
O mercado de chocolate, especialmente o artesanal, também se adapta a essas mudanças. Confeiteiros da capital federal começaram a se preparar para a Páscoa de 2025 já em dezembro de 2024, buscando alternativas, como o uso de chocolates fracionados, para manter a produção dentro do orçamento. A elevação de preços nos últimos 12 meses, que atingiu quase 17%, tem motivado os consumidores a buscar opções mais acessíveis, enquanto os produtores tentam minimizar os impactos das dificuldades econômicas e climáticas.