O governo brasileiro está buscando diálogo com os Estados Unidos para evitar a implementação de tarifas de 25% sobre aço e alumínio, anunciadas pelo presidente Donald Trump e previstas para entrar em vigor neste mês. O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, teve uma conversa telefônica com o representante dos EUA para o Comércio, Jamieson Green, para discutir as relações comerciais e as implicações das tarifas. Além disso, o vice-presidente, Geraldo Alckmin, tem realizado esforços para negociar com autoridades americanas, incluindo uma reunião com o secretário de Comércio dos EUA, Howard Lutnik, sobre o tema.
Durante as negociações, fontes do Itamaraty informaram que houve uma avaliação positiva das relações comerciais entre os dois países, que são parceiros significativos no comércio global. Técnicos dos governos brasileiro e americano devem se reunir na próxima semana para discutir as demandas e os termos específicos de cada parte, com foco nas tarifas impostas aos produtos brasileiros, especialmente o aço, que deve ser um dos mais afetados pela medida.
O Brasil, que ocupa a segunda posição entre os maiores parceiros comerciais dos Estados Unidos, já se posicionou a favor da reciprocidade, sugerindo que, caso as tarifas sejam aplicadas, medidas similares poderão ser adotadas. Contudo, as autoridades brasileiras defendem uma postura equilibrada, buscando resolver as questões de maneira diplomática e construtiva, sem agravar o conflito comercial. O governo brasileiro também vê o fortalecimento das relações comerciais como uma forma de promover boas práticas e aumentar a complementariedade econômica entre os dois países.