Nesta semana, a ministra Marina Silva participou de eventos em São Paulo para debater a transição energética e os desafios climáticos do Brasil, com destaque para a polêmica exploração de petróleo na Margem Equatorial. A decisão do IBAMA de vetar a exploração na região gerou críticas políticas, inclusive do presidente Lula e de governadores do Norte e Nordeste, enquanto a ministra defendeu a necessidade de uma transição para um futuro sustentável, sem repetir erros do passado. A preocupação é que o Brasil ainda precisa de um ambiente econômico favorável e segurança jurídica para atrair investimentos em energia limpa.
A COP30, marcada para Belém, será um teste de credibilidade para as conferências climáticas, que enfrentam um histórico de promessas não cumpridas. Marina Silva afirmou que o evento será diferente, com o Brasil já apresentando compromissos concretos, como a redução das emissões e o desmatamento zero. No entanto, o maior obstáculo é o financiamento global, que ainda está aquém das necessidades estimadas. O Brasil busca articular um plano de financiamento robusto, embora, no cenário geopolítico, os interesses divergentes dificultem a construção de um consenso global.
A transição energética do Brasil é vista como uma oportunidade, mas enfrenta barreiras políticas e econômicas. O país, com sua capacidade de gerar energia renovável, busca se posicionar como um líder global em energia limpa. Contudo, o dilema entre explorar novas reservas de petróleo e acelerar o desenvolvimento sustentável continua sendo um tema central. A ministra destaca que a chave para o sucesso está em criar um ambiente regulatório estável, juntamente com um plano de industrialização verde, que possa gerar empregos e desenvolvimento econômico. O sucesso da COP30 em Belém dependerá da capacidade do Brasil de implementar soluções concretas para a crise climática, além de sua preparação logística para receber um evento de grande escala.