O diretor-executivo da Eurasia Group, Christopher Garman, analisou a posição do Brasil frente às tarifas impostas pelos Estados Unidos, destacando as dificuldades do governo brasileiro nas negociações com a administração Trump. Garman afirmou que o Brasil tem opções limitadas de retaliação e sugeriu que a estratégia brasileira poderia se concentrar mais em negociar exceções para produtos específicos, como o aço, em vez de adotar retaliações diretas, como ocorreu no caso do algodão.
Apesar da complexidade do cenário, Garman alertou para a possibilidade de novas medidas contra o Brasil, que poderiam ser implementadas no futuro. Ele destacou que as tarifas sobre o aço e o alumínio são apenas uma parte das possíveis repercussões, o que indica que o governo brasileiro terá que lidar com desafios contínuos nas relações comerciais com os Estados Unidos.
Em comparação com outros países, como o México e o Canadá, o impacto das tarifas sobre a economia brasileira seria relativamente menor. Garman observou que apenas 14% das exportações do Brasil têm como destino os Estados Unidos, o que coloca o país em uma posição menos vulnerável do que seus parceiros comerciais. Embora o cenário seja delicado, o Brasil pode enfrentar a situação com um risco econômico menor do que outros países.