O Brasil, como país anfitrião da COP30, está sendo alvo de críticas em um editorial da revista Science, que destaca a falta de liderança nas questões ambientais. Cientistas apontam que, além do Ministério do Meio Ambiente, outros setores do governo têm contribuído para o aumento das emissões de gases de efeito estufa. Entre as ações criticadas estão o projeto de recuperação da BR-319, que pode facilitar o desmatamento na Amazônia, e o incentivo do Ministério da Agricultura à conversão de pastagens em áreas de cultivo de soja, considerado um estímulo ao desmatamento.
O editorial também menciona a exploração de novos campos de petróleo e gás na Amazônia, apontando que tais ações podem agravar a crise climática. Especialistas alertam para as consequências da inação do Brasil na luta contra as mudanças climáticas, como a devastação da floresta amazônica e o agravamento das secas extremas. Eles enfatizam a necessidade urgente de mudanças nas políticas governamentais, com foco na redução do desmatamento e na promoção de fontes de energia renováveis.
Em resposta, os ministérios envolvidos justificaram suas ações. O Ministério dos Transportes afirmou que as diretrizes ambientais são definidas pelo Ministério do Meio Ambiente, enquanto o Ministério de Minas e Energia defendeu os projetos de exploração de petróleo, argumentando que estão distantes da floresta e seguem normas ambientais rigorosas. Até o momento, o Ministério da Agricultura não se pronunciou sobre as críticas, o que levanta preocupações sobre o compromisso do Brasil com o enfrentamento dos desafios climáticos em um momento de grande expectativa internacional.