A suspensão da ajuda humanitária em Gaza, decisão tomada por Israel, gerou fortes condenações do governo brasileiro. Por meio de uma nota, o Ministério das Relações Exteriores manifestou preocupação com a medida, que considera uma ameaça ao cessar-fogo em vigor. O Brasil pediu que Israel reconsidere sua decisão, destacando que a interrupção da entrada de bens essenciais, como remédios e alimentos, agrava a situação humanitária da região e fragiliza o acordo de paz existente. Além disso, o governo brasileiro afirmou que tal ato representa uma violação grave dos direitos humanos, uma vez que impede a continuidade de serviços básicos para a população local.
O governo brasileiro também reforçou que Israel, de acordo com decisões da Corte Internacional de Justiça de 2024, tem a obrigação de garantir a entrega de assistência humanitária e a continuidade dos serviços essenciais em Gaza. A nota condena ainda o uso político da ajuda humanitária, que é caracterizado como uma violação das normas do direito internacional humanitário. O Brasil também instou tanto Israel quanto o Hamas a retomarem as negociações para garantir a implementação total do cessar-fogo e o restabelecimento da paz.
Desde a suspensão da ajuda humanitária no início de março, a tensão na região aumentou, com novos ataques israelenses à Faixa de Gaza. O Hamas, por sua vez, acusa Israel de manipular os termos do acordo de cessar-fogo, que havia sido iniciado em janeiro, e solicita um cessar-fogo permanente, a retirada das tropas israelenses e a reconstrução do território. A situação permanece tensa, com ambas as partes buscando garantir seus objetivos, enquanto a comunidade internacional observa a evolução dos acontecimentos.