O Brasil completa 40 anos de democracia ininterrupta neste sábado (15.mar.2025), destacando um período de estabilidade política, mas ainda com desafios econômicos significativos. A inflação, embora tenha diminuído nos últimos anos, continua sendo um tema importante no cenário político, com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 5,06% no acumulado de 12 meses até fevereiro de 2025, acima da meta de 3%. A transição de várias moedas, entre elas o cruzado e o cruzeiro, até a estabilização com o Plano Real em 1994, foi uma das conquistas para controlar a inflação e melhorar o poder de compra dos brasileiros.
A inflação tem um impacto direto na popularidade dos presidentes, como demonstrado pelas dificuldades enfrentadas por governos anteriores, como os de Fernando Henrique Cardoso, Dilma Rousseff e Jair Bolsonaro. A alta nos preços, como a dos combustíveis, foi um dos pontos críticos das administrações recentes, influenciando a avaliação da gestão por parte da população. No atual governo de Luiz Inácio Lula da Silva, a inflação e o aumento dos preços de alimentos têm gerado descontentamento, refletido nas quedas de aprovação.
A política monetária também é um fator crucial, com o Banco Central estabelecendo um regime de metas de inflação desde 1999. A meta atual é de 3%, com uma tolerância máxima de 4,5%. No entanto, a taxa de juros elevada, que chegou a 13,25% ao ano e pode atingir 15% em 2025, visa controlar a inflação, que ainda está acima da meta. A decisão de tornar a meta de inflação mais rigorosa, com avaliações semestrais, é um reflexo dos desafios econômicos que o Brasil enfrenta, com autoridades reconhecendo que a meta de 3% é difícil de atingir considerando o histórico econômico do país.