As Forças Armadas brasileiras atualmente operam sete modelos de drones, todos voltados para monitoramento e sem capacidade para combate, como os utilizados em conflitos internacionais, como na guerra entre Ucrânia e Rússia. Um dos modelos é o Hermes 900, fabricado em Israel, que foi utilizado pela Força Aérea Brasileira para localizar pessoas durante as enchentes no Rio Grande do Sul em 2024. Outro exemplo é o Nauru 1000C, de fabricação nacional, que pode ser adaptado para transportar mísseis, colocando o Brasil em potencial direção à produção de drones de combate.
Atualmente, o Brasil é um dos poucos países da América Latina a ainda não possuir drones de ataque, ao contrário de nações como a Venezuela, que utiliza modelos fornecidos pelo Irã. O país planeja desenvolver um drone de combate até 2027, com a adaptação do Nauru 1000C em parceria com empresas especializadas. O especialista Gunther Rudzit destaca que o Brasil possui empresas capazes de produzir esses equipamentos, mas aponta que a falta de uma estratégia clara e apoio estatal limita o avanço nesse setor.
Especialistas em segurança internacional observam que os drones de monitoramento, como os utilizados pelo Brasil, são essenciais para missões de reconhecimento e localização de alvos, facilitando operações militares mais precisas. Contudo, há uma pressão para que o Brasil acelere sua capacidade no desenvolvimento de drones de combate, com a necessidade de mais investimentos e uma reforma nas Forças Armadas para sustentar a evolução tecnológica do país no setor.