O Brasil anunciou, nesta terça-feira (4), seu apoio à candidatura de Albert Ramdin, chanceler do Suriname, ao cargo de secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA). A eleição para o novo líder da OEA está marcada para o dia 10 de março e Ramdin concorre com Rubén Ramírez, chanceler do Paraguai. A decisão de apoio foi tomada após análise das propostas de ambos os candidatos por parte de países como Brasil, Bolívia, Chile, Colômbia e Uruguai, que destacaram a experiência de Ramdin na diplomacia internacional, especialmente em sua função anterior como secretário-geral adjunto da OEA.
A OEA, fundada em 1948 e com sede em Washington, visa promover a integração dos países americanos e prevenir conflitos. Além de desempenhar um papel importante nas relações diplomáticas, a organização também atua como observadora internacional em eleições na América Latina. No contexto recente, a OEA fez declarações sobre o processo eleitoral no Brasil em 2022, elogiando a atuação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) pela condução de um pleito seguro e transparente, apesar dos desafios políticos e sociais do momento.
No entanto, a organização tem sido crítica em relação a processos eleitorais em outros países, como na Venezuela, onde o governo de Nicolás Maduro foi acusado de manipular o resultado das eleições presidenciais de 2023. A OEA apontou a aplicação de um esquema repressivo e fraudulento, questionando a legitimidade do processo eleitoral no país. O fortalecimento da OEA e de outros organismos multilaterais tem sido uma prioridade para o governo brasileiro, que busca promover a integração regional e proteger interesses comuns, como a preservação da Amazônia e investimentos em infraestrutura e energia.