O ex-presidente Jair Bolsonaro se manifestou a favor da indicação de seu filho, o deputado federal Eduardo Bolsonaro, para presidir a Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional da Câmara dos Deputados. Durante uma entrevista coletiva, Bolsonaro afirmou que essa indicação não representaria uma crise, mas sim uma solução, respondendo aos críticos que sugerem que ela poderia gerar atritos com o Supremo Tribunal Federal (STF). A declaração ocorreu após o líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias, expressar preocupações sobre o impacto negativo da escolha, especialmente em relação às críticas que Eduardo Bolsonaro poderia fazer à Suprema Corte.
A principal inquietação dos governistas está na possibilidade de o deputado utilizar a presidência da comissão para reforçar ataques à Suprema Corte, o que poderia prejudicar a imagem do Brasil no cenário internacional e afetar a soberania nacional. Em resposta a essas preocupações, Bolsonaro destacou a boa relação de seu filho com o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, argumentando que essa proximidade poderia ser vantajosa para o país. Ele questionou ainda se seria preferível que Eduardo fosse amigo de outros líderes internacionais, como o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro.
O PT e o PL disputam o comando da comissão, sendo que, por ser a maior bancada da Câmara, o PL tem prioridade na escolha das presidências das comissões. A indicação de Eduardo Bolsonaro é um ponto de conflito dentro dessa disputa política, mas o PL tem se mostrado firme em sua posição de manter o parlamentar à frente da Comissão de Relações Exteriores.