O ex-presidente Jair Bolsonaro criticou, em entrevista recente, a celeridade do processo que investiga a tentativa de golpe contra ele, apontando que a acusação da Procuradoria Geral da República (PGR) está sendo tratada de maneira muito mais rápida do que outros casos de grande relevância, como o processo do Mensalão. Ele comparou a atual investigação com o caso das fake news, que levou seis anos para ser finalizado, e o processo do Mensalão, que durou sete anos. De acordo com Bolsonaro, o tempo dado para sua defesa foi muito curto, especialmente considerando o grande volume de documentos envolvidos, que ultrapassam 100 mil páginas.
Durante a entrevista, o ex-presidente apresentou uma imagem que comparava os períodos dos julgamentos relacionados ao Mensalão e ao processo em que ele está envolvido. A imagem destacava o tempo de duração do julgamento do Mensalão e contrastava com as datas do início do processo contra Bolsonaro por tentativa de golpe, além de ilustrar a frase “sem crimes”, associada à sua defesa. A crítica de Bolsonaro foca na comparação entre o ritmo dos processos, insinuando que seu caso está sendo tratado de forma excepcionalmente acelerada.
No dia 13 de março, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Cristiano Zanin, determinou que o julgamento sobre a acusação de golpe contra Bolsonaro começará em 25 de março. A acusação envolve uma tentativa de desestabilizar o governo e desafiar as instituições democráticas, com o ex-presidente sendo formalmente denunciado pela PGR. A postura de Bolsonaro e suas críticas ao processo em andamento são vistas como parte de sua estratégia de defesa, buscando questionar a imparcialidade e a urgência com que o caso está sendo conduzido.