O clã Bolsonaro enfrentou duas derrotas significativas nesta semana. Primeiro, o pedido de anistia para o ex-presidente e outros envolvidos nos eventos de 8 de janeiro não teve o apoio popular esperado, o que enfraqueceu a proposta. Além disso, o nome de Eduardo Bolsonaro para a Comissão de Relações Exteriores da Câmara não foi aprovado, o que também gerou reações negativas. Em resposta a esses acontecimentos, o deputado anunciou que pedirá licença de seu mandato e se mudará para os Estados Unidos, alegando estar fugindo de uma “ditadura” e “tirania”.
O discurso de Eduardo Bolsonaro sobre viver em um regime opressor gerou controvérsia, especialmente quando ele afirmou que seu trabalho seria mais relevante fora do Brasil. No entanto, a manifestação liderada por seu pai, no Brasil, reuniu milhares de pessoas e foi caracterizada por críticas ao Supremo Tribunal Federal, destacando a plena liberdade de expressão e a mobilização política, o que contradiz as alegações de opressão feitas pela família.
A comparação feita pelos Bolsonaro com uma “ditadura cloroquina” gerou perplexidade, já que, em uma ditadura, parlamentares teriam seus mandatos cassados ou suspensos, e não estariam buscando cargos de poder. As afirmações de “tirania” e “ditadura” parecem desconectadas da realidade política brasileira, o que levou a críticas sobre a validade dessas alegações.