A Boeing venceu a competição para desenvolver o novo caça de próxima geração do Pentágono, superando a Lockheed Martin. O contrato, de grande importância estratégica, impacta diretamente os resultados financeiros da Boeing, especialmente sua divisão de defesa, que tem enfrentado dificuldades financeiras nos últimos anos. O novo caça substituirá o F-22 da Lockheed Martin e será projetado para operar junto a drones semiautônomos, uma tecnologia em estágio avançado de desenvolvimento. Especialistas estimam que os custos totais do programa possam ultrapassar US$ 50 bilhões.
Para a Boeing, o contrato representa uma recuperação para sua divisão de defesa, que tem registrado perdas substanciais devido a projetos problemáticos e estouros de orçamento. A empresa, sob a liderança de seu CEO Kelly Ortberg, tem reformulado suas práticas de licitação para tentar reverter esses prejuízos e recuperar sua competitividade em programas governamentais. O novo contrato também reflete um voto de confiança do governo em um momento crítico para a Boeing, que ainda lida com questões relacionadas ao 737 Max e à produção do Air Force One.
Por outro lado, a derrota para a Boeing representa mais um revés para a Lockheed Martin, cujas ações enfrentam uma queda nos últimos meses. A empresa busca novos contratos para diminuir sua dependência do caça F-35, que também tem enfrentado desafios como atrasos e estouros de orçamento. A perda do contrato com o Pentágono reforça as dificuldades que a Lockheed tem encontrado em manter sua posição dominante no setor de defesa.