Pesquisadores do Instituto de Química de São Carlos (IQSC) da Universidade de São Paulo (USP) desenvolveram biomembranas a partir de amido de batata modificado, utilizando uma técnica inovadora e sustentável chamada Dry Heating Treatment (DHT). Este processo, que modifica a estrutura do amido sem a necessidade de reagentes químicos, melhora suas propriedades mecânicas, como resistência e rigidez, e é considerado mais econômico e ambientalmente amigável do que métodos convencionais.
A principal vantagem do amido de batata modificado é a presença natural de fosfato, o que torna o material promissor para aplicações médicas, especialmente em regeneração óssea. A fosforilação do amido permite um controle mais preciso da taxa de degradação do material, alinhando-a com a formação do novo tecido ósseo. Além disso, as biomembranas podem ser usadas em curativos para feridas crônicas e em aplicações em que o controle da umidade seja essencial.
Apesar do grande potencial, a tecnologia ainda requer mais estudos para determinar a toxicidade e a interação celular do material, além de ajustes para garantir sua escalabilidade e conformidade com as normas sanitárias para uso clínico. O trabalho tem gerado interesse na comunidade acadêmica, indicando perspectivas de novos avanços na área, que podem ampliar as aplicações dessas biomembranas no campo biomédico e industrial.