Um terremoto de magnitude 7.7 atingiu a região de Mandalay, em Mianmar, no último dia 28, causando destruição e centenas de mortes. O tremor foi sentido a mais de 1.200 quilômetros de distância, em Bangkok, Tailândia, onde o biólogo brasileiro Lucas Campos, de 36 anos, vivenciou momentos de desespero. No 24° andar de um prédio comercial, ele descreveu a sensação de que o edifício balançava como um pêndulo, enquanto rachaduras nas paredes aumentavam o temor de um desabamento. A evacuação foi caótica, com gargalos nas escadas de emergência, levando-o a enviar uma mensagem à esposa como possível despedida.
O terremoto causou danos significativos em Mianmar, incluindo a destruição de templos e pontes, com mais de 1.600 mortes confirmadas. Na Tailândia, as ondas sísmicas derrubaram um prédio em construção, deixando vítimas e desaparecidos. Campos, que já havia trabalhado em Mianmar, tentou entrar em contato com ex-colegas no país, mas enfrentou dificuldades devido à instabilidade local e possíveis restrições de comunicação impostas pelo governo militar.
Apesar do susto, a vida em Bangkok retomou sua normalidade rapidamente, com serviços essenciais mantidos e comércios reabertos no dia seguinte. O biólogo, agora trabalhando em casa devido aos danos no escritório, expressou alívio por ter sobrevivido ao episódio, mas destacou o trauma vivido. Sua experiência reflete o impacto inesperado de desastres naturais, mesmo em regiões distantes do epicentro.