Belém enfrenta um grande desafio logístico para acomodar os visitantes durante a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP 30), prevista para receber até 60 mil pessoas. A cidade e sua região metropolitana possuem atualmente 24 mil leitos, o que cria um déficit de pelo menos 26 mil acomodações. Para suprir essa demanda, o governo estadual tem buscado alternativas como o uso de escolas, reformas de prédios antigos e até a criação de hotéis flutuantes em navios de cruzeiro. Além disso, o investimento em plataformas de hospedagem online também tem ampliado a oferta de imóveis para locação.
Uma das principais soluções envolve o uso de cruzeiros, que podem oferecer mais de 4 mil leitos. O governo do estado também está reformando estruturas como a Escola Estadual Ulysses Guimarães, que se transformará em hostel, e criando novos hotéis, como o projeto de um hotel cinco estrelas em um antigo prédio da Receita Federal. Para atender ao público que busca opções mais sustentáveis, há também o desenvolvimento de eco hotéis, que combinam práticas ecológicas e materiais regionais na construção de acomodações.
Contudo, apesar das soluções propostas, os altos preços de aluguel e hospedagem têm gerado preocupações. Proprietários e locatários enfrentam dificuldades para definir preços justos devido à alta demanda e à variação de valores entre diferentes tipos de acomodações. A discrepância nos preços tem sido uma preocupação, já que alguns visitantes, como ativistas e grupos de interesse, têm encontrado dificuldades em garantir um espaço acessível para se hospedar durante o evento.