Aos cinco anos, Osvaldo Carvalho Júnior, de Marília, teve seu destino marcado por um encontro com o beisebol, esporte que se tornou sua paixão. Aos 23 anos, ele busca agora a vaga para a seleção brasileira no Mundial de Beisebol, uma oportunidade rara que pode representar a classificação do Brasil para o evento pela primeira vez desde 2013. Com um passado de dificuldades, como trabalhar como servente de pedreiro enquanto treinava para se tornar um atleta, Osvaldo é um exemplo de dedicação e amor ao esporte, nunca tendo recebido apoio financeiro para sua carreira.
A trajetória de Osvaldo no beisebol é distinta, especialmente quando comparada a outros jogadores da seleção, que tiveram oportunidades profissionais desde jovens. Enquanto nomes como Lucas Ramirez passaram por escolas americanas e foram draftados por equipes da Major League Baseball, Osvaldo sempre se dividiu entre o trabalho e os treinamentos, sem qualquer remuneração pelo esporte. Seu empenho, no entanto, trouxe conquistas como a medalha de prata no Pan-Americano de 2023 e a Taça Brasil de beisebol, além de uma atuação de destaque nas Eliminatórias da WBC.
O beisebol brasileiro, ainda considerado amador, sofre com a falta de apoio e incentivo financeiro, algo que Osvaldo e outros atletas esperam que mude para que o esporte cresça no país. Apesar das dificuldades, a seleção brasileira segue firme em sua busca pela vaga no Mundial, com a missão de derrotar a Alemanha para garantir sua classificação. Se alcançarem o objetivo, o Brasil estará na Copa do Mundo de Beisebol de 2026, uma chance rara de conquistar mais uma alegria esportiva para o país.