O Banco de Brasília (BRB), instituição pública controlada pelo Governo do Distrito Federal, anunciou a aquisição do Banco Master, com atuação concentrada no Rio de Janeiro e em São Paulo. A operação, ainda sujeita à aprovação do Banco Central e do Cade, visa fortalecer a posição do BRB no mercado financeiro, ampliando sua atuação em segmentos como mercado de capitais, câmbio e cartão de crédito consignado. O negócio inclui a compra de 49% das ações ordinárias e 100% das preferenciais do Master, totalizando 58% do capital, com as duas instituições operando sob a marca BRB após a consolidação.
A transação gerou rumores sobre a saúde financeira do Banco Master, conhecido por oferecer CDBs com taxas elevadas, de até 140% do CDI. O presidente do BRB, Paulo Henrique Costa, afirmou que a operação excluirá ativos de risco, como precatórios e direitos creditórios judiciais, e destacou que a estratégia de captação do conglomerado seguirá o modelo mais conservador do BRB. Uma equipe de 54 profissionais está analisando os números do Master para definir o valor final da aquisição, estimado entre R$ 2 bilhões e R$ 3,5 bilhões.
O BRB destacou as sinergias entre as instituições, como a complementaridade geográfica e de produtos, além do acesso a tecnologia avançada por meio do Will Bank, fintech do Master. A aquisição deve elevar o BRB do 23º para o 17º maior banco do Brasil, ampliando sua escala e competitividade. Costa reforçou que o movimento busca beneficiar clientes, acionistas e a sociedade, com projeção de aumento nos dividendos pagos ao Distrito Federal, potencialmente alcançando R$ 2 bilhões em cinco anos.