O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, afirmou que a autoridade monetária prioriza a análise de como a política fiscal influencia os preços de ativos e, consequentemente, a inflação corrente e as expectativas do mercado. Durante entrevista coletiva para detalhar o Relatório de Política Monetária (RPM), ele destacou que a percepção dos agentes financeiros é mais relevante do que opiniões pessoais ou institucionais do BC, já que esses fatores já estão refletidos nos preços atuais.
O diretor de Política Econômica, Diogo Guillen, complementou que o BC tem utilizado projeções fiscais alinhadas às respostas do questionário enviado aos agentes financeiros antes das reuniões de política monetária. Essa abordagem busca garantir que as decisões do banco estejam em sintonia com as expectativas do mercado, minimizando surpresas e contribuindo para a estabilidade econômica.
A ênfase na relação entre política fiscal, preços de ativos e inflação reforça o compromisso do BC com o controle inflacionário e a transparência. Ao monitorar de perto as percepções do mercado, a autoridade monetária busca antecipar pressões sobre a demanda e ajustar suas políticas de forma mais eficaz.