O aumento nos gastos militares globalmente tem impulsionado a valorização das ações de empresas do setor de defesa, incluindo a Embraer (EMBR3). Relatórios indicam que a demanda por investimentos em segurança, especialmente na Europa, está beneficiando empresas como Embraer, BAE Systems e Leonardo. O mercado de defesa europeu tem se expandido, impulsionado pela decisão de governos de reforçar suas capacidades militares, especialmente após as tensões envolvendo a Ucrânia. A Embraer, que tem se destacado com seus aviões militares, como o cargueiro KC-390, já tem contratos com países europeus e negocia a instalação de uma linha de montagem na Polônia.
A Embraer também se beneficia da implementação de planos como o ReArm Europe, que destina bilhões de euros ao setor de defesa. Com a possibilidade de mais de 50 encomendas do C-390 por países da OTAN, a empresa pode manter uma taxa de entrega de 10 aeronaves por ano até 2030. A previsão é que isso aumente em US$ 11 bilhões o valor de seus contratos, impactando positivamente suas ações. Além disso, a subsidiária EVE, focada em mobilidade aérea urbana, também deve registrar avanços importantes, com previsão de certificação de aeronaves elétricas de decolagem e pouso vertical até 2027.
Nos Estados Unidos, o programa Next-Generation Air-Refuelling System (NGAS) da Força Aérea dos EUA pode abrir novas oportunidades para a Embraer, caso a empresa seja escolhida para substituir parte da frota de aeronaves de reabastecimento. Essa possível substituição pode expandir significativamente a carteira de pedidos da companhia. Com um cenário de aumento nos investimentos militares, analistas seguem otimistas, com a XP Investimentos revisando o preço-alvo da empresa e mantendo uma recomendação positiva para suas ações.