O Brasil tem registrado um aumento significativo nos chamados “divórcios cinza”, que envolvem pessoas com mais de 50 anos. Segundo dados do IBGE, a porcentagem de divórcios nesta faixa etária cresceu de 10% em 2010 para cerca de 30% nos últimos anos. Esse fenômeno é atribuído a vários fatores, incluindo a busca por autoconhecimento e maior independência financeira, especialmente entre as mulheres, que são as mais impactadas por esse movimento.
Especialistas explicam que as mudanças nas dinâmicas sociais e nas leis também têm contribuído para esse aumento. Com a atualização da legislação, o processo de divórcio se tornou mais simples e acessível, permitindo que os casais possam se separar de maneira mais rápida e sem a necessidade de justificativas complexas. A advogada Marcela Furst destaca que a separação é agora um direito e pode ser feita, inclusive, de forma online, facilitando a vida dos envolvidos.
Apesar das dificuldades enfrentadas por algumas pessoas, como o processo de divisão de bens, muitas se sentem aliviadas após o divórcio, encarando essa etapa como um novo ciclo de vida. A busca por realização pessoal e a prática de novas atividades, como viagens e convivência com amigos, têm sido apontadas como formas de adaptação e superação do fim de um casamento. Especialistas também sugerem cuidados com a saúde mental e o fortalecimento de laços com amigos e familiares como formas de enfrentar o luto pós-divórcio.