O boletim InfoGripe, publicado em 13 de março, alerta para o aumento nos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) em crianças e adolescentes de até 14 anos, especialmente nas regiões Norte, Centro-Oeste e Nordeste do Brasil. Estados como Pará, Roraima, Tocantins, Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso do Sul e Sergipe apresentaram a maior alta nos casos. Para crianças menores de dois anos, a síndrome tem sido predominantemente associada ao vírus sincicial respiratório (VSR), enquanto em faixas etárias de 2 a 14 anos, o rinovírus é o mais comum.
A situação de SRAG entre idosos, associada à Covid-19, permanece com incidência moderada, especialmente em Mato Grosso e Tocantins, com tendência de crescimento no segundo estado. Nos demais estados das regiões Sul, Sudeste e Nordeste, embora haja aumento de casos, os níveis de incidência continuam baixos. A pesquisadora Tatiana Portella destaca que, nos locais com alta de casos, o uso de máscara em ambientes fechados e aglomerados, além da vacinação, são medidas essenciais para prevenir hospitalizações e mortes.
O boletim também indica que dez estados apresentam níveis de alerta ou risco elevado para SRAG, com uma tendência de aumento a longo prazo. Entre as capitais, nove cidades apresentam sinais de crescimento nos casos de SRAG, como Aracaju, Belém e Belo Horizonte. A recomendação para a população de risco, incluindo idosos e imunocomprometidos, é manter a vacinação em dia, com doses de reforço a cada seis meses para os primeiros e uma vez por ano para os demais grupos prioritários.