O aumento alarmante da obesidade na África tem gerado comparações com a epidemia de HIV, principalmente devido ao estigma associado à doença e à falta de tratamentos adequados. A obesidade tem se espalhado rapidamente no continente, afetando tanto homens quanto mulheres, mas com um impacto desproporcional sobre o público feminino. Isso se deve, em parte, à pressão social e cultural, que muitas vezes resulta em discriminação e marginalização das mulheres obesas.
Estudos recentes indicam que quase metade das mulheres na África estará obesa ou com sobrepeso até o final desta década, um dado preocupante apresentado pela Federação Mundial da Obesidade. A aceleração do aumento de casos de obesidade está ligada a fatores como mudanças nos hábitos alimentares, a urbanização e a falta de acesso a cuidados médicos apropriados, que dificultam a prevenção e o tratamento da condição.
Além disso, a falta de conscientização e de políticas públicas eficazes contribui para o agravamento do problema, tornando difícil para muitos indivíduos, especialmente mulheres, receberem o apoio necessário. O estigma social associado à obesidade também impede que muitas busquem ajuda, o que, em combinação com a ausência de recursos adequados, torna o cenário ainda mais desafiador para as mulheres africanas enfrentarem a obesidade em sua vida cotidiana.