O desfile da escola de samba Paraíso do Tuiuti no Carnaval do Rio de Janeiro sofreu com atrasos nesta terça-feira (4), durante o último dia de apresentações do Grupo Especial. Os carros alegóricos, maiores do que o habitual, prejudicaram o ritmo da escola e provocaram um desajuste no fluxo das alas. A comissão de frente, por exemplo, levou 55 minutos para deixar a avenida, e o último carro entrou com 62 minutos de desfile. Apesar de não ser penalizada pelo tempo excedente, a escola deverá enfrentar punições nos quesitos evolução e harmonia.
Para compensar o tempo perdido e completar o desfile dentro dos 80 minutos regulamentares, o Tuiuti precisou acelerar o ritmo das alas no final da apresentação. Isso resultou em mudanças na cadência do desfile, que perdeu a fluidez esperada para o evento. O atraso gerou preocupação, mas a escola conseguiu concluir sua performance dentro do prazo limite estipulado para as apresentações.
O enredo da escola deste ano homenageou Xica Manicongo, considerada a primeira travesti do Brasil, com o tema “Glória ao Almirante Negro”. A comissão de frente foi composta por 15 mulheres trans, incluindo a deputada federal Erika Hilton, que participou da performance representando a história da pioneira travesti. A reflexão promovida pela apresentação trouxe um debate sobre a cultura e a diversidade, destacando a importância da inclusão no samba e no carnaval.