Uma carta assinada por 409 atletas olímpicos de 89 países, incluindo 11 brasileiros, foi enviada aos sete candidatos à presidência do Comitê Olímpico Internacional (COI). O documento, que destaca a urgência de priorizar questões climáticas, alerta para os impactos negativos das mudanças no esporte, como o aumento das temperaturas e as condições climáticas extremas. O objetivo é sensibilizar os futuros dirigentes a tomar medidas concretas em relação à sustentabilidade e à redução das emissões de carbono, com a meta de reduzir em 50% as emissões até 2030.
Os atletas destacam que fenômenos climáticos, como os incêndios em Los Angeles, cidade-sede dos Jogos Olímpicos de 2028, são evidências claras de que o esporte precisa se adaptar à realidade do clima em constante mudança. A carta pede a criação de uma agenda focada no cuidado com o planeta, com medidas como práticas sustentáveis nas cidades-sede e a redução de patrocínios poluentes. A ideia é que as futuras edições dos Jogos Olímpicos sejam realizadas de maneira segura, com impacto mínimo para o meio ambiente e a saúde dos atletas e torcedores.
Além disso, a carta solicita uma reunião entre os atletas e o novo presidente eleito do COI para discutir como o comitê pode fortalecer os compromissos já existentes para a sustentabilidade. A velejadora britânica Hannah Mills, uma das idealizadoras do documento, destacou que a urgência da questão climática nunca foi tão clara, e que os atletas se mostram unidos em busca de soluções rápidas e eficazes para garantir um futuro sustentável para o esporte.