A pressão de associados, torcedores e investidores levou à retificação da ata da votação da Sociedade Anônima do Futebol (SAF) da Portuguesa, o que permite a oficialização da SAF e evita riscos de falência. O presidente da Assembleia Geral de Sócios, Marcos Rógerio Lico, alterou um trecho da ata que dificultava a homologação da SAF, removendo a exigência de uma homologação posterior à votação, que estava em desacordo com o estatuto do clube. A mudança ocorreu após críticas de associados, dirigentes e investidores, que viam a medida como um obstáculo para a segurança jurídica do clube.
Após a retificação, o departamento jurídico da Portuguesa irá registrar a ata em cartório, e os dirigentes seguirão para homologar a SAF na Federação Paulista de Futebol (FPF) e na Confederação Brasileira de Futebol (CBF). A oficialização permitirá ao clube registrar novos jogadores, receber cotas de televisão e premiações, entre outros benefícios financeiros, que estavam suspensos sem a homologação da SAF.
A decisão também foi influenciada por uma notificação extrajudicial enviada pelos associados, que viam a conduta do presidente da Assembleia como uma violação do estatuto do clube e uma ameaça à democracia interna. O grupo de investidores, que adquiriu 80% das ações do clube em troca de um investimento de mais de R$ 1 bilhão, havia cogitado abandonar o projeto devido à insegurança jurídica, mas a retificação da ata evitou esse desfecho. O clube enfrenta uma dívida de R$ 550 milhões, mas o processo de recuperação judicial está controlando a situação.