Uma missão arqueológica egípcio-americana encontrou a parte superior de uma estátua monumental do faraó Ramsés II durante escavações ao sul da cidade de Minya. O fragmento, esculpido em calcário e com 3,8 metros de altura, retrata o rei usando a coroa dupla e um adorno com a cobra real, símbolos de seu poder. Hieróglifos na coluna traseira glorificam o monarca, um dos mais influentes do Antigo Egito. A descoberta complementa a parte inferior da estátua, encontrada em 1930 pelo arqueólogo alemão Gunther Roeder, totalizando uma obra de sete metros de altura.
A equipe, que inicialmente buscava vestígios de um complexo religioso, surpreendeu-se com o achado. Agora, trabalha na reconstrução de um modelo que mostre a aparência original da estátua. Ramsés II, também conhecido como Ramsés, o Grande, governou o Egito por 66 anos e destacou-se como líder militar e construtor, erguendo monumentos como o templo de Carnaque. Sua múmia, descoberta em 1881, está preservada no Museu Egípcio do Cairo.
Além de seu legado político e arquitetônico, Ramsés II ficou marcado por assinar um dos primeiros tratados de paz da história, com os hititas, em 1258 a.C. Sua habilidade em garantir fronteiras e promover prosperidade consolidou seu reinado como um dos mais prósperos do Império Novo. A descoberta recente reforça o interesse contínuo na era raméssida e abre caminho para novas pesquisas na região.