Um esquema de importação de armamentos pesados para favelas no Rio de Janeiro foi desmantelado pela Polícia Federal. O tráfico incluía a compra de drones, fuzis e até granadas, com envio realizado por empresas internacionais de transporte, como DHL e Correios, além de transportadoras locais. O traficante responsável, que liderava uma facção, utilizava laranjas para movimentar grandes somas de dinheiro via transferências bancárias e tinha apoio de fornecedores internacionais, principalmente da China e Paraguai, para garantir o abastecimento de armamentos.
As investigações revelaram que os produtos eram adquiridos e enviados para o Brasil com documentos falsificados, como declarações de produtos inofensivos, como brinquedos, para evitar fiscalização. Áudios interceptados mostram o traficante negociando a compra de armas, incluindo equipamentos anti-drone, com fornecedores internacionais. A facção estava organizada para receber fuzis e outros armamentos pesados, frequentemente via empresas de transporte como a DHL, que foram identificadas em registros de entrega.
Apesar das ações da Polícia Federal, incluindo a prisão de um dos envolvidos e operações para desmantelar a rede de distribuição, o líder do tráfico ainda está foragido. A PF destaca a necessidade de maior integração entre as instituições de segurança pública para combater a entrada de armas no Brasil, considerando os desafios enfrentados no combate a esse tipo de crime. As empresas de transporte envolvidas afirmaram que não apoiam atividades criminosas e colaboram com as investigações.
