Um relatório do banco Citi sugere que a Argentina pode remover os controles cambiais ainda neste ano, desde que consiga um acordo com o FMI por mais de US$ 20 bilhões ou obtenha financiamento adicional de outras entidades. O governo argentino, liderado por Javier Milei, está buscando um novo programa com o FMI que permita uma negociação mais flexível, o que poderia fornecer os recursos necessários para essa medida. O Decreto de Necessidade e Urgência (DNU) assinado por Milei viabiliza essa negociação, mas ainda depende de condições chave para que se torne viável.
O estudo do Citi estima que o valor do acordo com o FMI poderia variar entre US$ 15 bilhões e US$ 20 bilhões, com a possibilidade de complementação com recursos do Banco Mundial e do BID. Caso os recursos superem os US$ 20 bilhões, a Argentina teria condições para avançar com a eliminação dos controles cambiais, embora Milei tenha afirmado que o processo será gradual para evitar desestabilizações econômicas. A quantidade de novos recursos será crucial para fortalecer as reservas do Banco Central e facilitar a remoção dos controles.
A negociação com o FMI, prevista pelo Decreto 179/2025, envolve um refinanciamento de US$ 13 bilhões e a possibilidade de um novo programa sob condições mais flexíveis, como um período de carência de 4 anos e meio. O objetivo é reduzir o risco-país e melhorar o acesso ao financiamento externo, aspectos fundamentais para recuperar a confiança do mercado e a estabilidade econômica. O sucesso dessa negociação será determinante para o futuro econômico da Argentina, com a eliminação do controle cambial sendo um passo crucial para a recuperação econômica do país.