Um tribunal de apelações do Wisconsin negou um pedido do procurador-geral democrata do estado para impedir que um bilionário entregasse cheques de US$ 1 milhão a dois eleitores durante um comício marcado para domingo, a apenas dois dias de uma disputada eleição para a Suprema Corte estadual. O bilionário, que já injetou mais de US$ 20 milhões na campanha, planeja distribuir os valores como parte de uma iniciativa vinculada a uma petição online contra “juízes ativistas”. Grupos apoiados por ele e por grandes doadores democratas estão em lados opostos na eleição, que definirá o controle ideológico do tribunal.
O procurador-geral argumentou que os pagamentos violam uma lei estadual que proíbe oferecer qualquer benefício em troca de votos. No entanto, um juiz de primeira instância já havia rejeitado um pedido de liminar para bloquear a ação, e o tribunal de apelações manteve a decisão. Uma estratégia semelhante foi usada pelo bilionário em outros estados durante as eleições presidenciais de 2020, sem consequências legais.
A eleição, que termina na terça-feira, é considerada crucial, pois a Suprema Corte do Wisconsin decidirá sobre temas como direitos reprodutivos, redistritamento eleitoral e regras de votação com impacto nas eleições de 2026 e 2028. A corte atualmente tem uma maioria liberal de 4 a 3, mas uma aposentadoria pode mudar o equilíbrio de poder. O bilionário afirmou em suas redes sociais que entregaria os cheques pessoalmente, mas a postagem foi posteriormente excluída, sem confirmação sobre o cancelamento dos pagamentos.