A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) emitiu um alerta sobre os riscos associados ao uso de toxina botulínica, especialmente quando falsificada. A substância, conhecida popularmente como botox, pode levar ao botulismo quando adquirida de fontes não autorizadas ou distribuidores ilegais. A aplicação inadequada, feita por profissionais não qualificados, pode resultar em sérias complicações de saúde, como fraqueza muscular e, em casos graves, até a morte. A Anvisa enfatiza a importância de usar produtos registrados, com origem certificada e dentro do prazo de validade, além de garantir que os procedimentos sejam realizados apenas por médicos habilitados.
A toxina botulínica, quando usada corretamente e por profissionais qualificados, é segura e eficaz para tratamentos estéticos e terapêuticos. Ela age na junção neuromuscular, relaxando os músculos e reduzindo as rugas de expressão. No entanto, o crescente número de procedimentos realizados em ambientes inadequados, com produtos falsificados, tem gerado preocupações. A Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) reforça que apenas produtos com procedência certificada devem ser usados, destacando a necessidade de os pacientes conferirem o rótulo e a origem do produto antes da aplicação.
A Anvisa também orienta que, em caso de suspeita de botulismo, os profissionais de saúde devem notificar a agência e administrar a antitoxina imediatamente. O botulismo, uma doença rara e grave, pode se manifestar por meio de sintomas como visão turva, dificuldade para engolir e paralisia muscular. O tratamento precoce é crucial para evitar complicações graves, e a notificação de casos suspeitos contribui para a segurança do uso da toxina botulínica em procedimentos médicos e estéticos.