O estado do Amapá concentra o terceiro maior estoque de carbono azul do Brasil, com 312 milhões de toneladas de dióxido de carbono (CO₂) armazenadas em seus manguezais, conforme levantamento realizado pela plataforma Cazul. Esse estudo aponta que, além da grande importância ambiental, essas áreas enfrentam ameaças como desmatamento e poluição. O Amapá também se destaca por sua contribuição ao mercado voluntário de créditos de carbono, com um potencial de gerar R$ 8,067 bilhões em créditos a partir dos seus manguezais.
A pesquisa, conduzida pela Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza e pelo projeto Cazul, revela que o Brasil possui a segunda maior extensão de manguezais do planeta, com cerca de 1,39 milhão de hectares ao longo da costa brasileira. Esses ecossistemas desempenham funções essenciais, como a proteção da linha de costa, a conservação da biodiversidade e a manutenção da produção pesqueira. No entanto, o estudo também ressalta as principais ameaças aos manguezais, como a conversão para a agricultura e aquicultura, o desmatamento, a poluição e os impactos das mudanças climáticas.
A costa Amazônica, que inclui o Amapá, abriga a maior faixa contínua de manguezais do mundo, abrangendo uma área de 1,04 milhão de hectares. Esses ecossistemas armazenam cerca de 1,3 bilhão de toneladas de CO₂, com um potencial significativo de geração de créditos de carbono, tanto no mercado voluntário quanto regulamentado. O estudo destaca a necessidade de proteger esses ambientes para garantir que continuem a desempenhar um papel crucial na mitigação das mudanças climáticas e na promoção de uma economia de baixo carbono.