Criadores de peixes no interior de São Paulo enfrentam grandes desafios devido ao aumento das temperaturas, que têm afetado diretamente a produção de piscicultura. Em cidades como Riolândia, os termômetros chegam a marcar 35°C, com sensação de 40°C, o que compromete a qualidade da água dos tanques e coloca em risco o bem-estar dos peixes. Para monitorar e ajustar as condições da água, os piscicultores estão utilizando sondas que medem a temperatura da água e enviam dados para computadores, permitindo um controle mais preciso.
O impacto do calor nas criações de tilápia, uma das principais espécies cultivadas, tem gerado preocupações com a alimentação dos peixes. A temperatura ideal para sua alimentação varia entre 26°C e 30°C, e quando supera esse limite, os peixes começam a sofrer. Em resposta, os produtores precisam reduzir a ração para evitar a morte dos peixes, o que já resultou em perdas no passado, especialmente no pico de calor de dezembro de 2024. A produção mensal de tilápias chega a 300 toneladas, e o monitoramento constante é essencial para evitar novos prejuízos.
A preocupação dos piscicultores se intensifica com a proximidade da quaresma, um período de maior demanda por peixe, quando o aumento das temperaturas afeta diretamente a produção. Com o aquecimento global e o calor intenso desde novembro de 2024, os produtores estão torcendo para que as condições climáticas melhorem, permitindo que os peixes estejam prontos para atender à demanda sem mais perdas. A adaptação constante e o controle rigoroso das condições de produção são essenciais para a sustentabilidade do setor.