Alexandre Padilha (PT-SP) assume, nesta segunda-feira (10), o Ministério da Saúde pela segunda vez, após já ter ocupado o cargo durante o governo de Dilma Rousseff. Em sua gestão, Padilha tem como principal objetivo reduzir o tempo de espera por consultas, exames e cirurgias, uma questão recorrente no sistema público de saúde. O ministro se comprometeu a se dedicar integralmente a essa missão, considerada uma das maiores prioridades da sua gestão.
Um dos maiores desafios de Padilha será avançar com o programa Mais Acesso a Especialistas, que não obteve os resultados esperados na gestão anterior. Apesar de ter sido lançado em 2024, o programa só alcançou 99% dos municípios em fevereiro de 2025, após muitos meses de lentidão. Outro tema relevante será o combate à dengue, que no ano passado registrou recordes de infecção e mortalidade. Embora o número de casos tenha diminuído em 2025, a situação ainda é preocupante, e a produção em larga escala da vacina contra a doença só ocorrerá em 2026.
Além das questões de saúde pública, Padilha também terá de lidar com a articulação política no Congresso Nacional, especialmente em relação à liberação de recursos para o setor. Durante o governo de Nísia Trindade, sua antecessora, houve críticas de que o Ministério da Saúde não estava conseguindo manter boas relações com os parlamentares, especialmente com o Centrão, o que dificultava a obtenção de verbas para a área. Nesse sentido, Padilha terá a responsabilidade de melhorar a comunicação e a interação política para garantir que o orçamento da saúde seja adequadamente alocado.