A Alemanha está se preparando para uma reforma fiscal significativa, que visa não apenas fortalecer sua economia, mas também melhorar sua capacidade de resposta à política externa dos Estados Unidos. A proposta inclui mudanças no “freio da dívida”, que isentariam os gastos com defesa, além de um pacote de investimentos de meio trilhão de euros voltado para infraestrutura. Essas medidas têm o potencial de impulsionar o crescimento econômico do país, especialmente a partir de 2025, com previsões de aceleração nos anos seguintes.
Na zona do euro, a reforma fiscal da Alemanha deve contribuir para o aumento do Produto Interno Bruto (PIB), com um impacto mais substancial previsto para 2026. Embora o impacto negativo das tarifas dos EUA e das respostas da União Europeia à política externa americana possa afetar a economia europeia, os gastos adicionais do governo alemão devem ajudar a mitigar esses efeitos. Além disso, a expectativa é que a política monetária do Banco Central Europeu (BCE) não precise de cortes agressivos nas taxas de juros, com uma redução de 100 pontos-base prevista, levando a taxa terminal da região a 1,75%.
A reforma, que incluirá um fundo especial de 500 bilhões de euros, provavelmente contará com o apoio do Partido Verde e deverá ser aprovada pelo parlamento até 24 de março. O objetivo é garantir que o novo governo, que assumirá em maio, tenha os recursos necessários para responder à crise de segurança europeia e à difícil situação econômica da Alemanha. A aprovação da reforma dará ao governo um poder fiscal considerável, o que permitirá uma resposta mais eficaz aos desafios enfrentados pelo país e pela região.
