O vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) afirmou nesta quinta-feira (13) que a melhor abordagem para lidar com as tarifas impostas pelos Estados Unidos sobre aço e alumínio não é a retaliação, mas o diálogo. Alckmin destacou que o comércio internacional deve ser baseado em soluções mutuamente benéficas, enfatizando que “olho por olho, todo mundo fica cego”. Sua declaração reflete a posição do governo brasileiro, que busca resolver a questão de maneira diplomática, sem adotar medidas punitivas contra os EUA.
Além disso, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, já havia se manifestado sobre o tema, afirmando que o Brasil não tem a intenção de retaliar. Alckmin também avaliou como equivocada a taxação dos produtos brasileiros, destacando que a medida não foi direcionada exclusivamente ao Brasil, mas a todos os países exportadores. Ele frisou que o Brasil não é um problema para os Estados Unidos no comércio internacional e, portanto, é possível encontrar uma solução que favoreça ambas as partes.
O governo brasileiro está buscando aprofundar o diálogo com os Estados Unidos, e uma reunião técnica está marcada para esta sexta-feira (14), onde autoridades dos dois países discutirão o tema. O Brasil, que ocupa a posição de segundo maior fornecedor de aço para os EUA, tem investido em estreitar relações comerciais e espera que essa aproximação leve a uma resolução mais favorável nos próximos dias e semanas. Em 2024, as exportações brasileiras de aço e ferro para os EUA somaram US$ 4,677 bilhões.