O artigo aborda a redução dos gastos com ajuda humanitária no Reino Unido e critica a visão limitada de algumas ONGs sobre o tema, especialmente no contexto de mudanças globais significativas, como o retorno de Donald Trump, a agressão da Rússia e o aumento da instabilidade internacional. O autor argumenta que, em um cenário de incerteza crescente nas alianças diplomáticas, a segurança do Reino Unido depende de capacidades militares robustas, e não apenas do financiamento de ajuda externa.
Além disso, a questão não se resume ao corte percentual do orçamento (de 0,5% para 0,3%), mas à eficácia da ajuda prestada. Com uma parte substancial dos fundos de ajuda redirecionada para o apoio a refugiados e solicitantes de asilo dentro do próprio país, é necessário reavaliar a verdadeira contribuição da ajuda externa para o desenvolvimento global. Os críticos dessas reduções, segundo o texto, desconsideram as realidades políticas internas, onde a população mais vulnerável exige mais investimentos em serviços domésticos essenciais, como saúde, educação e segurança nas fronteiras.
A proposta de utilizar ativos russos congelados para apoiar a Ucrânia é destacada como uma solução mais prática e relevante para o contexto atual, em comparação com a manutenção de metas orçamentárias ultrapassadas. O autor conclui que a busca por um equilíbrio entre as prioridades internas e a segurança global é essencial para enfrentar os desafios de um mundo em transformação.