A indústria da moda está adotando a inteligência artificial de forma crescente, com marcas como H&M anunciando a criação de “gêmeos digitais” de modelos para uso em campanhas de marketing e redes sociais. A iniciativa, segundo a empresa, visa aprimorar o processo criativo sem abandonar uma abordagem centrada no ser humano. No entanto, críticos argumentam que a prática pode representar uma nova forma de exploração, mesmo com a permissão das modelos envolvidas.
A medida reflete uma tendência mais ampla, na qual a IA tem impactado diversos setores, de Hollywood ao jornalismo. Enquanto algumas vozes celebram a inovação e a eficiência trazidas pela tecnologia, outras alertam para os riscos de desvalorização do trabalho humano e possíveis abusos. A H&M destacou que a participação das modelos é voluntária, mas a discussão sobre os limites éticos desse tipo de uso permanece em aberto.
O debate ilustra os desafios de equilibrar avanço tecnológico e direitos trabalhistas em um mercado em constante transformação. Enquanto as marcas buscam novas formas de se conectar com o público, a sociedade questiona até que ponto a IA pode substituir ou complementar a presença humana sem comprometer valores éticos. A conversa está longe de ser encerrada, mas já sinaliza a necessidade de diretrizes claras para o futuro da moda digital.