A tarifa de R$ 954 para ligação à rede de esgoto em Teresina tem gerado controvérsias entre os moradores, a empresa Águas de Teresina, a Prefeitura e os vereadores. O prefeito de Teresina, em entrevista, anunciou que a gestão municipal acordou isentar ou reduzir essa tarifa para algumas famílias, especialmente as de baixa renda, e corrigir os problemas de obras mal executadas. A Águas de Teresina, por sua vez, afirmou que a cobrança está prevista no contrato de concessão e que está aberta ao diálogo para revisões contratuais, mas manteve a justificativa de que as tarifas estão de acordo com o estabelecido.
A gestão municipal, em uma audiência pública, detalhou as medidas acordadas com a empresa, incluindo isenção para 166 mil famílias registradas no Cadastro Único e redução temporária das taxas. Porém, a empresa negou que houvesse um acordo definitivo e indicou que qualquer revisão no contrato levaria até seis meses. O contrato de concessão da Águas de Teresina, firmado em 2017, prevê a expansão do saneamento na cidade, mas é contestado por moradores e parlamentares que apontam custos excessivos e aumento na cobrança de tarifas de esgoto.
A disputa sobre as tarifas é parte de um processo mais amplo que envolve a expansão da cobertura de esgoto e o acesso ao saneamento básico em Teresina. Desde a subconcessão, em 2017, a cobertura de esgoto aumentou para 59%, mas os valores cobrados têm gerado insatisfação. O prefeito de Teresina sinalizou que, caso a situação não seja resolvida administrativamente, a judicialização será uma opção. A empresa reiterou seu compromisso com o avanço no saneamento, mas continua defendendo a conformidade com os termos contratuais estabelecidos.