O agronegócio e o Carnaval brasileiro, apesar de parecerem mundos à parte, compartilham muitas semelhanças, como criatividade, planejamento e um impacto significativo na economia do país. A União Comercial Agrícola (UniAGRO), importante distribuidora de insumos agrícolas, destacou-se neste ano ao patrocinar blocos no Carnaval de Barreiras, na Bahia, evidenciando a presença do setor agropecuário em várias partes da festividade. A empresa ressaltou como elementos do agronegócio, como o algodão nas fantasias e os biocombustíveis que movem os trios elétricos, estão presentes nas celebrações, conectando a cultura carnavalesca ao campo.
A presença do agronegócio nos desfiles de Carnaval não é novidade, com algumas escolas de samba já abordando o tema diretamente em seus enredos. Em 2013, a Unidos de Vila Isabel venceu o Carnaval com um enredo sobre a agricultura brasileira, patrocinado pela Basf. Outras escolas, como a Imperatriz Leopoldinense em 2017, abordaram temas críticos relacionados ao agronegócio, como o impacto ambiental das práticas do setor. Em 2024, a Mancha Verde, de São Paulo, prestou uma homenagem ao agrônomo Alysson Paolinelli, destacando a importância da agricultura familiar e a preservação do campo.
Além dos enredos, o agronegócio também esteve presente nos bastidores do Carnaval, com financiamentos de desfiles para promover a imagem do setor. Um exemplo disso ocorreu em 2011, quando a Mocidade Independente de Padre Miguel contou com o patrocínio da Confederação Nacional da Agricultura para seu desfile, que destacou o impacto da agricultura. Ao longo dos anos, o agronegócio se consolidou como um importante patrocinador e tema nos desfiles de Carnaval, demonstrando a interconexão entre esses dois universos aparentemente distintos, mas que contribuem para a economia e a identidade do Brasil.