A agenda econômica brasileira e americana ganha destaque nesta quinta-feira (6) com o mercado atento aos dados econômicos que podem impactar a volatilidade das moedas e os índices de preços. No Brasil, os investidores esperam os dados sobre o mercado de trabalho, como o Antecedente de Emprego de fevereiro, e o Fluxo Cambial semanal, que trarão novas informações sobre os fluxos financeiros no país. Nos Estados Unidos, a divulgação da balança comercial de janeiro e dos números de auxílio-desemprego será acompanhada de perto, enquanto as tensões comerciais com a China e as políticas de tarifas de Donald Trump continuam a influenciar os mercados.
Enquanto isso, o governo brasileiro mantém negociações sobre as tarifas impostas pelos EUA, com especial atenção ao aço e ao etanol, que devem ser impactados por novas sobretaxas. O vice-presidente Geraldo Alckmin se reúne com o secretário de Comércio dos Estados Unidos para discutir essas questões. O real apresentou um bom desempenho, liderando a valorização entre as principais moedas globais, após o adiamento das tarifas sobre os veículos do México e Canadá. No Brasil, também foram liberados recursos para a retomada do Plano Safra, que visa impulsionar os financiamentos ao setor agrícola.
No cenário internacional, os Estados Unidos e China seguem em um embate de tarifas, com a China ameaçando retaliar o aumento de impostos sobre seus produtos. Além disso, o presidente francês, Emmanuel Macron, expressou preocupação com as tarifas americanas sobre produtos europeus, enquanto o Canadá manteve sua posição de não aceitar acordos parciais com os EUA. O Brasil, por sua vez, observa esses movimentos com cautela, buscando aumentar suas exportações, especialmente de produtos agrícolas, e evitar impactos na inflação.