Em 2024, a Paraíba registrou um aumento significativo nos afastamentos de trabalhadores devido a problemas de saúde mental, com 7.512 licenças médicas notificadas. Entre essas, 3.170 foram causadas por ansiedade, enquanto 2.090 ocorreram devido a quadros de depressão. Além disso, também foram observados afastamentos relacionados a transtornos como bipolaridade, alcoolismo e psicose. Esses dados foram obtidos através do Ministério da Previdência Social e revelam uma tendência crescente no impacto das condições psicológicas no ambiente de trabalho.
O Brasil como um todo também enfrentou um aumento nas licenças médicas, com quase meio milhão de afastamentos registrados em 2024. Estados com maior população, como São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro, lideraram o número de casos, mas quando analisados os índices proporcionais, o Distrito Federal, Santa Catarina e Rio Grande do Sul apresentaram os maiores números. A prevalência de mulheres afetadas, com idade média de 41 anos, é notável, representando 64% dos afastamentos, com grande parte ligada a distúrbios de ansiedade e depressão.
A fim de enfrentar essa realidade, o governo federal atualizou a Norma Regulamentadora nº 1 (NR-1), que estabelece as diretrizes de saúde no ambiente de trabalho. A nova versão da norma prevê a fiscalização dos riscos psicossociais no processo de gestão de segurança e saúde ocupacional. Empresas que não cumprirem os requisitos, como a imposição de metas excessivas e jornadas de trabalho longas, podem ser penalizadas. A medida visa reduzir os impactos psicológicos sobre os trabalhadores e promover um ambiente de trabalho mais saudável.