Em 2024, Sergipe registrou mais de 2.300 casos de afastamentos do trabalho relacionados à saúde mental, com destaque para transtornos como ansiedade e depressão. De acordo com dados divulgados pelo Ministério da Previdência, os números alcançaram o maior índice dos últimos dez anos em todo o país. O estado contabilizou 1.564 afastamentos por ansiedade, 823 por depressão, e outros casos envolvendo transtornos como bipolaridade, esquizofrenia e alcoolismo, entre outros. Vale destacar que uma mesma pessoa pode ser contabilizada mais de uma vez, já que os dados se referem ao total de afastamentos, não ao número de trabalhadores afetados.
Especialistas apontam que o aumento significativo desses casos pode ser explicado pela difícil situação do mercado de trabalho e pelas consequências da pandemia, que deixaram cicatrizes profundas no bem-estar emocional de muitos trabalhadores. Além disso, a crescente pressão no ambiente corporativo tem sido um fator decisivo para o agravamento dos problemas de saúde mental entre os profissionais. Psicólogos e psiquiatras têm destacado a importância de reconhecer esses sintomas e buscar tratamento adequado antes que se tornem incapacitantes.
Em resposta a esse cenário, o governo federal tem buscado implementar medidas mais rigorosas para proteger a saúde mental dos trabalhadores. Uma das iniciativas é a atualização da Norma Regulamentadora NR-1, que agora passa a exigir fiscalização das condições de saúde nos ambientes de trabalho, incluindo a prevenção de doenças psicológicas. As empresas que não cumprirem as novas diretrizes poderão ser multadas, refletindo a crescente conscientização sobre a necessidade de promover um ambiente de trabalho saudável e seguro para todos os colaboradores.