Os advogados do general envolvido em um processo de tentativa de golpe de Estado pediram ao Supremo Tribunal Federal (STF) uma ampliação do prazo para a apresentação da defesa prévia. O relator do caso, ministro Alexandre de Moraes, já havia negado o primeiro pedido por mais tempo, e agora a defesa solicita uma nova reconsideração ou que a Primeira Turma do STF avalie o caso. A data limite para a apresentação da defesa está estabelecida para a próxima sexta-feira, 7 de março.
A defesa argumenta que o prazo atual não é suficiente para analisar a grande quantidade de provas e documentos apresentados pela Procuradoria-Geral da República, incluindo mais de 390 gigabytes de dados e centenas de milhares de arquivos. Além disso, os advogados alegam que o réu deveria ter o direito de se manifestar somente após a colaboração de um delator, conforme previsto em uma lei específica de colaboração premiada, embora o ministro Moraes tenha negado esse pedido, entendendo que a lei não garante tal direito nesse estágio do processo.
Outro ponto levantado pela defesa é a alegação de que não tiveram acesso integral às provas, com documentos e arquivos importantes não sendo entregues de forma completa. O ministro Moraes refutou essa argumentação, afirmando que não há impedimentos para o acesso às provas, e que a defesa parece não ter consultado corretamente os autos do processo. O caso segue em análise no STF, com os advogados aguardando uma nova decisão sobre o prazo para a defesa.