Os advogados dos acusados de tentativa de golpe de Estado em 2022 começaram a apresentar suas defesas ao Supremo Tribunal Federal (STF). Em fevereiro, a Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou diversos envolvidos, incluindo um ex-presidente, por crimes relacionados a uma suposta tentativa de golpe. No entanto, muitos dos advogados contestaram as acusações, argumentando questões processuais, falta de provas e alegando a suspeição do ministro responsável pelo caso. Além disso, alguns afirmam que o Supremo não é o tribunal adequado para julgar os acusados, pois não possuem foro privilegiado.
As defesas também questionaram a validade das provas apresentadas pela PGR, com destaque para a delação premiada de um dos envolvidos, que teria contradições e falhas. A defesa do ex-presidente, por exemplo, pede que o julgamento seja transferido do plenário da Primeira Turma do STF para o plenário completo, alegando cerceamento do direito de defesa. Argumentam também que não tiveram acesso integral às provas, o que comprometeria a transparência e imparcialidade do processo.
Agora, o relator do caso, ministro Alexandre de Moraes, deve avaliar as defesas e decidir se as acusações podem seguir adiante ou se as denúncias serão rejeitadas. O Supremo, em seguida, decidirá se os acusados se tornam réus e devem responder pelos crimes ou se o processo será arquivado. O desfecho dependerá da análise das novas alegações e documentos apresentados nas defesas, bem como da resposta do procurador-geral.