Os advogados do ex-ministro da Justiça se manifestaram no Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR), que o acusa de tentativa de golpe de Estado, organização criminosa e abolição violenta do Estado Democrático de Direito. O ex-ministro, após deixar o cargo no governo anterior, assumiu a Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal e foi preso por envolvimento na depredação da Praça dos Três Poderes em janeiro de 2023, sendo mantido detido por cerca de quatro meses.
Em relação à denúncia, um documento que descrevia um possível golpe de Estado foi encontrado na residência do ex-ministro. Em 2023, ele afirmou que o papel não foi descartado intencionalmente e que desconhecia quem o havia produzido. A acusação sustenta que o ex-ministro teve omissão em relação aos eventos de janeiro de 2023, quando ocorreu a depredação do espaço público e uma tentativa de perturbação da ordem democrática.
Os prazos para defesa são os mesmos para outros denunciados, como ex-membros do governo e militares envolvidos. A manifestação do ex-ministro sobre a denúncia deveria ser apresentada até o dia 6 de março de 2025, cumprindo o prazo estipulado pela Justiça. As defesas dos acusados foram ouvidas após a intimação, que ocorreu em fevereiro.