A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, por unanimidade, tornar um ex-presidente réu por tentativa de golpe de Estado, em julgamento realizado nesta quarta-feira (26). O advogado de defesa criticou a decisão, afirmando que a denúncia carece de fundamentos concretos e que não há evidências que liguem o ex-mandatário aos eventos de 8 de janeiro de 2023. Segundo ele, a acusação construiu uma narrativa sem base em provas sólidas, destacando que nem mesmo o relatório da Polícia Federal apontou tal envolvimento.
O defensor também questionou a condução processual, alegando que a equipe de defesa teve acesso limitado aos elementos de prova, o que prejudicaria o direito ao contraditório. Ele mencionou que trechos de diálogos e depoimentos foram apresentados sem contexto adequado, dificultando a preparação da defesa. “Vamos provar a inocência, mas precisamos de liberdade para isso”, afirmou, ressaltando preocupações com a imparcialidade do processo.
A decisão do STF representa um marco inédito na política brasileira, ao levar um ex-presidente ao banco dos réus por suposta tentativa de ruptura institucional. A defesa já sinalizou que recorrerá da decisão, argumentando fragilidade nas provas e cerceamento do direito de defesa. O caso segue sob análise, com expectativa de novos desdobramentos jurídicos nos próximos meses.